Há diversos tipos de FIIs, cada um deles conta com estratégias e riscos específicos.Antes de começar a investir é importante conhecê - los para analisar qual está mais alinhado com o perfil e os objetivos do investidor.
1. Fundo de tijolo
São para investidores que compram ou constroem imóveis para aluguel.
Nesse investimento, os cotistas recebem periodicamente uma quantia referente aos aluguéis – em forma de dividendos proporcionais às cotas previamente adquiridas.O maior risco desse investimento é a vacância, já que isso impacta nos rendimentos do fundo.Um ponto importante a ser ressaltado, é que em alguns casos, o inquilino paga um aluguel fixo e, em outros, uma parte é fixa e outra maior é atrelada às receitas dos locatários.
Há diversas categorias dentro dos fundos de tijolo.Os que mais chamam a atenção dos investidores são:
- Shopping Centers: possuem uma grande variedade de inquilinos.O aluguel nesse caso, é atrelado às receitas das lojas.Isso faz com que, nos períodos de venda intensa, os lucros possam ser maiores.Entretanto, nos períodos de recessão, a rentabilidade do fundo pode ser afetada negativamente.
- Galpões industriais: normalmente conta com um único inquilino.Podem ser alugados por centros de distribuição varejista, empresas de logística, indústrias, entre outros.Nesse caso, o aluguel usualmente é fixo e corrigido pela inflação.
- Hotéis e flats: aluguel é associado às receitas das unidades.Nos momentos de recessão e / ou crise no setor, podem apresentar baixa demanda e, por consequência, a rentabilidade é afetada negativamente.
- Lajes corporativas: imóveis de alto padrão alugados para empresas renomadas.Podem ser alugados para diversos ou um único inquilno.Nesse caso, o aluguel usualmente é fixo e corrigido pela inflação.
- Hospitais, escolas e universidades: são fundos que, normalmente, investem em um único imóvel com um único inquilino.O aluguel é associado à receita do locatário e, portanto, pode variar.
- Agências bancárias: são fundos que alugam seus imóveis para um único banco.O aluguel é fixo, reajustado pela inflação.
- Imóveis residenciais: em geral são bastante diversificados.Por se tratar de pessoas físicas, apresentam um risco maior.
2. Fundos de compra e venda
São para investidores que querem lucrar com a compra e venda de imóveis.
Nesse investimento, a ideia é comprar imóveis enquanto o mercado está em baixa, para poder valorizar e vender quando o mercado estiver aquecido.São conhecidos como fundos arrojados, já que o desempenho está atrelado às circunstâncias econômicas.
2. Fundos de desenvolvimento
São FIIs que investem na construção de imóveis para vender posteriormente.
O lucro obtido nesse tipo de investimento é a partir da diferença entre o preço pago na construção e a venda dos imóveis no mercado.Esse é considerado um investimento de alto risco devido aos problemas que podem acontecer no período de construção, como atraso na entrega e estouro do orçamento.
Em contrapartida, esses fundos têm grande potencial de rentabilidade.Eles, normalmente, oferecem aos cotistas uma renda mínima enquanto os imóveis ainda estão na fase de construção como forma de incentivo de permanência no fundo.
4. Fundo de fundos
São FIIs que investem em outros fundos imobiliários.
Esse tipo de fundo tende a ser bastante diversificado e aportam um leque com diferentes perfis de risco.Ele é vantajoso para os investidores que querem fugir da responsabilidade de escolher fundos para compor a sua carteira, deixando com que essa função seja desempenhada por um gestor.
5. Fundos de recebíveis imobiliários
São fundos que podem ser comparados a um investimento em renda fixa.
Esse tipo de fundo, apesar de ser considerado um investimento de renda variável e com negociação na bolsa, é conhecido por ser próximo a um fundo de renda fixa.Isso ocorre pelo fato de o portifólio tender a ser mais estável, já que investem em recebíveis imobiliários – que são títulos de renda fixa usados como forma de arrecadação de recursos para investimento no mercado imobiliário.
Os principais títulos desse fundo são os Certificados de Recebíveis Imobiliário(CRI). Eles são emitidos por securitizadoras com o intuito de financiar empreendimentos imobiliários.Assim como os títulos de renda fixa, os CRI tendem a ser atrelados ao CDI ou a um índice de inflação.
Além dos CRIs, esse tipo de fundo também aplica em títulos emitidos por bancos – como letras hipotecárias(LH) e letras de crédito imobiliário(LCI).